Stay strong - 25/11

Oi gente!
Enquanto descanso a mente para começar mais uma maratona de estudos, eu resolvi escrever para vocês, porque assim eu desabafo tudo que está acumulado dentro de mim, além de compartilhar um pouco da minha vida e cotidiano para vocês.

Eu sou estagiária da DPMG cuja área trata sobre a violência doméstica contra as mulheres. E, após dois meses de estágio, aprendi muita coisa, fora que pude refletir vários pontos na minha vida, ainda mais na área sentimental (e até entendendo hoje porque Deus não permitiu ainda que eu namorasse, pois, relacionamento é difícil... e encontrar alguém decente nos dias atuais é quase uma raridade)... Mas eu tenho mini-esperanças de ter alguém do meu lado, que me respeite, cuide e seja digno de estar ao meu lado.

Para quem não sabe, dia 25/11 é uma data especial para todas nós mulheres!

É o Dia Internacional da Não-violência Contra a Mulher

Eu, como mulher, tinha o dever de compartilhar esta data aqui no blog, porque muita gente não sabe sobre esse dia tão especial, e como o tema tem haver com meu setor de estágio, eu queria compartilhar algumas coisas... vamos lá.

Graças a Deus, eu não passo por violência doméstica, mas já passei por algumas situações: Já tive namorado que me ameaçou de agressão, já tive ficante que denegria meu psicológico e minha moral. E mesmo não "levando tapas", essas atitudes descritas caracterizam a violência doméstica.

Todos os dias da semana, eu convivo com pessoas que passam por violência, pelo mero fato de serem mulheres. No primeiro dia de estágio, eu percebi uma energia muito pesada no ambiente, porque tem casos que são muito pesados e que te afetam de alguma forma. Confesso que chorei enquanto voltava para a casa, a cada momento eu pensava e perguntava: "Por que existe tanta maldade no mundo?!" "Sério que um ser humano é capaz de fazer isso com outra pessoa?!" "Como essas mulheres são fortes e corajosas" "Como os meus problemas são mínimos, se comparados com o que essas mulheres passam todos os dias".


Eu as admiro porque elas são fortes e corajosas, estão buscando seus direitos e proteção, mas, infelizmente, tem vezes que essa proteção não é eficaz (o que é revoltante e desanimador). Por isso, todos os dias, eu vou para meu estágio leve, cheia de carinho e bondade; só para proporcionar um pouco mais de energia positiva no ambiente, além de trazer um pouco de consolo para as vítimas que eu atendo, sendo uma amiga fiel nos poucos minutos em que eu as atendo. Eu saio de lá às vezes, sobrecarregada e entristecida, porque alguns casos são chocantes e muito delicados:

Eu já atendi vítima de estupro coletivo, vítima com câncer... cujo marido a estuprava, maltratava e omitia socorro quando ela passava mal em casa, vítima de humilhação por parte do agressor e da família dele (tudo porque ela não tem condições de ter outro lugar para morar, depende do agressor), vítima que não vê os filhos há meses porque o agressor fugiu com os filhos dela, vítima que é agredida pelo neto em casa todos os dias, além de ser insultada e humilhada por ele, vítima que é agredida pela filha, vítima que é escoltada por policiais na rua porque é ameaçada de morte pelo ex-companheiro e tem medo de sair sozinha...


O bom é que essas mulheres são corajosas, procuram ajuda e recebem o apoio e suporte necessário, tanto psicológica quanto jurídica. Por essa razão, eu deixo essa postagem para você que é mulher, sofre/já sofreu ou conhece alguém que sofre violência, DENUNCIE! Não se cale, você é ser humano e não merece ser tratada de forma desumana e rude (nem por homem e nem por ninguém!).

Eu só queria que a lei fosse mais rigorosa com esses agressores, além de ter um maior suporte para as mulheres vítimas de qualquer tipo de violência. Por isso, compartilhe essa corrente de conscientização, esse assunto, infelizmente, está presente no nosso cotidiano, em pleno século XXI.

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Até a próxima!
Beijos. ♥